quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Duas experiências a discutir: 1) A logística reversa de medicamentos à luz do varejo farmacêutico; 2) experiência do programa Cyclamed (França) sobre descarte de medicamentos vencidos e produtos cosméticos


Saudações!

Hoje queremos compartilhar duas experiências envolvendo os medicamentos vencidos e as ações que tomam parte de nossa rotina dentro de escolha de decisões à luz de nosso dia a dia, seja como consumidor seja como ator importante da cadeia farmacêutica.
1) Compartilhamos um primeiro trabalho (https://revista.feb.unesp.br/index.php/gepros/article/view/1255/652) sobre discussão da logística reversa de medicamentos (ainda não regulamentada; mas em fase avançada), no qual através de levantamento de dados observa-se a necessidade de maior adesão do varejo na disponibilização de coletores de medicamentos, bem como pontos de entrega voluntária (PEVs); da mesma forma, espelha-se uma maior necessidade de divulgação destas ações de recebimento de medicamentos vencidos, bem como envolvimento de todos na operacionalização da logística reversa de medicamentos vencidos, tendo como pano de fundo a conscientização de todos. Boa Leitura!;
2) Compartilhamos também mais um exemplo de organização da cadeia farmacêutica em outro país (França), como forma de trocar experiências positivas nesta causa. Na França, o programa Cyclamed (https://www.cyclamed.org/enquete-csa-collecte-des-mnu-ou-en-est-la-france-4207/) está implementado desde 1993 e a pleno vapor, atuando de forma ativa na disponibilização de coletores de medicamentos vencidos, com legislação em nível nacional, e participação maciça da indústria farmacêutica (suporte financeiro), dos distribuidores e das farmácias. Uma experiência importante, de sucesso e que mostra-nos ser possível.
Boa leitura a todos!

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Reflexões acerca de educação ambiental com foco em descarte de medicamentos vencidos, e pontos de coleta no RS

Saudações!
Hoje compartilhamos trabalho recente acerca de pesquisa sobre o perfil populacional acerca dos conhecimentos sobre o descarte de medicamentos e a importância da reflexão sobre os possíveis riscos sanitários e ambientais de exposição a estes  medicamentos descartados (ver em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-753X2017000400145&script=sci_arttext&tlng=pt). Este estudo foi desenvolvido no Distrito Federal, mas pode ser debatido como um perfil geral da população brasileira, mesmo considerando variáveis de localidade, acesso sanitário, etc. Nesta perspectiva, os resultados específicos sobre descarte indicam que cerca de 70-75% dos entrevistados fazem o descarte dos medicamentos em lixo comum, 10% na pia, e cerca de 7 % no vaso sanitário. Estes dados traduzem e orientam necessidade de maior ação no sentido educativo, com trabalhos em comunidades, escolas, junto a gestores públicos, de forma a acrescer em educação ambiental e riscos relacionados aos medicamentos vencidos.

Aproveitamos para compartilhar listagem sobre os locais de coleta de medicamentos vencidos, no Rio Grande do Sul. (informações completas em: http://descarteconsciente.com.br/)

Boa Leitura!

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Vale a pena a leitura! As consequências do descarte incorreto de medicamentos estão mais perto do que a gente imagina!


De acordo com um artigo publicado em 2014 por Jank e colaboradores, no qual os autores propõe um método analítico para a determinação de oito antibióticos de diferentes classes, em águas retiradas do Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, foi observado que dois oito antibióticos pesquisados, 5 foram encontrados, a saber:  sulfametoxazol, trimetropim, azitromicina, ciprofloxacino e norfloxacino numa faixa de concentração de 26 ng/L a 572 ng/L. Os antimicrobianos são os fármacos mais utilizados na medicina humana e veterinária. E é aí que surge a importância desse artigo com estudos realizados no município de Porto Alegre, quantificando antibióticos em amostras de água. Quem se interessou e quiser verificar o artigo na íntegra, segue o link : file:///C:/Users/HP/Documents/jank2014.pdf. Outra pesquisa realizada no Arroio Dilúvio em Porto Alegre e divulgada no site da UFRGS Ciência em 2017, (http://www.ufrgs.br/secom/ciencia/residuos-de-medicamentos-e-hormonios-na-agua-preocupam-cientistas/), os pesquisadores avaliaram, através de monitoramento periódico realizado desde 2006,  a presença de 210 substâncias diferentes no Arroio Dilúvio e dentre esses estão fármacos e hormônios. A linha de pesquisa coordenada pela Tânia no Instituto de Química realiza estudos sobre contaminantes emergentes e faz monitoramentos no Arroio Dilúvio, em Porto Alegre. É uma ótima reportagem para quem deseja se inteirar mais sobre o assunto e nos faz refletir sobre o que estamos fazendo e como podemos ajudar a, no mínimo, diminuir essa contaminação que está mais perto do que a gente imagina!

(texto com contribuição da Profa. Renata V. Contri e da pós-graduanda Marina Guedes)

JANK, Louíse et al. Simultaneous determination of eight antibiotics from distinct classes in surface and wastewater samples by solid-phase extraction and high-performance liquid chromatography–electrospray ionisation mass spectrometry. International Journal of Environmental Analytical Chemistry, v. 94, n. 10, p. 1013-1037, 2014.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Experiência de Portugal com embalagens e medicamentos fora de uso (SIGREM-Valormed)

Saudações!
Compartilhamos nesta postagem experiências do SIGREM (Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens de Medicamentos) - Valormed- de Portugal (http://www.valormed.pt/intro/home), que envolve ações de coleta e destinação de embalagens e medicamentos vencidos/foras de uso naquele país. Pensamos que experiências bem sucedidas em outros países permitem auxiliar, orientar e fortalecer planos e perspectivas para melhorias em nosso País. O SIGREM tem uma abrangência em todo o território português, alçando mais de 95% das farmácias existentes. Salienta-se que compartilha ações e responsabilidades de atores importantes: Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), Associação Nacional de Farmácias (ANF) e a Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (GROQUIFAR).
Link: http://www.valormed.pt/intro/home

Boa leitura!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Fármacos em ambientes aquáticos - importância do descarte correto de medicamentos


Fármacos em ambientes aquáticos - importância do descarte correto de medicamentos
Você sabia que fármacos como o diclofenaco, o ibuprofeno, a carbamazepina e a fluoxetina, entre outros, já são detectados em ambientes aquáticos e em estações de tratamentos de esgotos? Estes são considerados “poluentes emergentes” e passam intactos pelo processo de tratamento de água, podendo chegar novamente nas torneiras das nossas casas. Além disso, podem causar danos aos organismos aquáticos, conforme estudo realizado por Borrely e colaboradores (2012). Os autores avaliaram o efeito da fluoxetina em duas espécies de peixes, e observaram como resultados a mortalidade e a inibição de fotoluminescência dos peixes. Leia o trabalho na íntegra acessando:
Faça a sua parte! Descarte os seus medicamentos vencidos em pontos de coleta! Jamais coloque-os no vaso sanitário, na pia ou no lixo orgânico.